Thursday 18 June 2009

Jogando junto Colaborativo Clube

(uma crônica esportiva sobre processos)

- Estamos chegando na reta final do Campeonato Colaborativo Clube. E o que vemos não é um time é uma verdadeira seleção. Melhor escalação impossível. Em campo os atores e músicos, todos muito bem posicionados. O esquema tático é o 1-4-4. Os atores podem se revezar nas posições e o importante é a criatividade, improvisação. Nada muito duro, sem marcação homem a homem.

- No banco, o dramaturgo e colaboradores da direção de arte. Dá para notar a ansiedade em cada um, a escalação foi revelada momentos antes do início da partida.

- E o apito dá início ao primeiro tempo. Os atores jogam com muita disposição, vestem a camisa do time. O preparo físico é impressionante. Um ou outro desfalque não compromete o desempenho da equipe. E um entra em campo mesmo contundido.

- Vejam a habilidaaaaaadeeee com que um dos atores dá o passe.
- O time está muito entrosado.
- Olha a ginga, a categoria com que é feito o lance.
- Esse time não joga na defesa, está todo na ofensiva, não tem retranca e é liiiiindo de ver. - - Um deles tem a tarefa mais destacada de armar a equipe, deixando espaço para seus companheiros criarem jogadas espetaculaaaaaaaaaaaares.

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- E o primeiro tempo termina. Apesar do jogo continuar empatado, todos ainda estão com muito gás. O segundo tempo promete.
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- E eles voooooltam a campo dispostos a reverter o placar. E o técnico não mexeu no time, fica tudo igual para o segundo tempo. O time está bonito, o que falta é só jogar para o gol e correr para o abraço.

- E o jogo reinicia.
- Acho que vamos ter alterações. O técnico pede para o dramaturgo se aquecer na lateral do campo.
- Atenção no lance. Ator passa a bola para outro ator, que de calcanhar passa para o músico que devolve na lateral direita, ator dribla o primeiro, a segunda e .....baaaaaaaate na traaaave. A jogada estava perfeita. Faltou “isso” para levantar a galera....uuuuhhhhhh
- Acho que o técnico mudou de idéia, o dramaturgo está voltando para o banco. Ainda é início do segundo tempo, tem bastante tempo para a partida se definir.

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- E chegamos ao final do segundo tempo. A equipe apresenta sinais de desgaste. Era tudo o que eles não queriam nessa altura do campeonato: ir para uma prorrogação.
- A prorrogação é complicada porque exige muito da equipe, tanto emocional quanto fisicamente.
- Agora sim teremos mudanças, o dramaturgo vai entrar na prorrogação.
- Quem sabe essa alteração possa trazer um novo fôlego.
- E que ele consiga reverter este resultado que não é justo e não reflete a belíssima atuação da equipe.

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- É meus amigos. A partida foi belíssima mas continua empatada e agora a decisão vai para os penalts.
- E o que você acha da entrada do dramaturgo? Alterou alguma coisa na atuação da equipe?
- Mudou o ritmo, criou novas possibilidades, mas a equipe já estava cansada. Acho que ele será uma das opções do técnico nos penalts. Ele é um excelente batedor. E tem sido sempre uma opção na hora dos chutes livres.

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- E como imaginávamos a decisão está nas mãos do dramaturgo. O chute é dele. Ele pode definir a partida.
-Todo jogo é uma caixinha de surpresas.
- Quem não faz marca.
- Mas o importante não é o resultado.
- Pela tensão da equipe, acho que eles não compartilham da mesma opinião.
- E o momento é esse. O dramaturgo vai chutar, ele se posiciona, ganha distanciamento, observa, coooooorre ....chutou! e foi fooooooooooooraaaaaaa!!!!!Fooraaaaaaa!!! Eu não acredito!!! Passou raspando, tirando tinta da trave.

- Não dá para acreditar. Não era pra ser.
- Mas a equipe está de parabéns! Mostraram um belíssimo trabalho


Todos muito emocionados, Não querem dar declarações.
Dramaturgo se aproxima do técnico e pede para entrar no primeiro tempo na próxima partida. Técnico diz que vai pensar. Precisa sentir mais o time.

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